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A Telebras, estatal de telecomunicações, fez uma revelação alarmante ao Tribunal de Contas da União (TCU) ao reconhecer a prática da chamada “pedalada fiscal”, uma manobra contábil que pode resultar em um rombo de R$ 184 milhões em 2025, cifra que pode mais que dobrar em relação ao ano atual.
A informação, inicialmente divulgada pelo UOL, levanta questões sérias sobre a transparência e a gestão financeira da empresa pública.
Parlamentares pedem investigação
Após a divulgação dos dados, parlamentares do partido Novo, que fazem oposição ao governo Lula (PT), solicitaram ao TCU que investigue a situação da Telebras.
O ministro Antonio Anastasia, que é o relator do processo, pressionou a estatal e o Ministério das Comunicações, que supervisiona suas atividades, para que esclareçam as irregularidades apontadas.
Essa pressão política surge em um momento delicado para a Telebras, que está sob a influência do senador Davi Alcolumbre (União-AP). Alcolumbre recentemente promoveu uma troca na diretoria da estatal, colocando aliados em posições estratégicas.
Resposta da Telebras
Em resposta à reportagem, a Telebras informou que pretende se manifestar formalmente no processo em andamento no TCU. A expectativa é que a estatal apresente explicações sobre a situação financeira e as medidas que pretende adotar para corrigir o rumo da empresa.
A admissão da “pedalada fiscal” não apenas acende um sinal de alerta para a gestão da Telebras, mas também destaca a necessidade de maior supervisão e responsabilidade nas práticas financeiras das estatais brasileiras.
A sociedade e os órgãos de controle aguardam desdobramentos dessa história, que pode ter impactos significativos na confiança pública e na saúde fiscal da empresa.