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O Kremlin anunciou nesta quinta-feira (13) que, durante uma conversa telefônica realizada no dia anterior, os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Donald Trump, dos Estados Unidos, concordaram que a guerra na Ucrânia pode ser encerrada “pacificamente” por meio de negociações. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ambos os líderes demonstraram vontade política para iniciar um diálogo visando uma solução para o conflito.
Peskov destacou a importância da conversa, afirmando que Moscou e Washington estavam comprometidos em trabalhar juntos para alcançar um acordo de paz. Ele também mencionou que o grupo de trabalho para as negociações já está sendo formado, com a intenção de realizar uma reunião bilateral em breve, semelhante à que ocorreu em Helsinque em 2018.
Embora o Kremlin tenha enfatizado a disposição para as negociações, Peskov negou que questões como cessar-fogo, levantamento de sanções ou reconhecimento dos territórios ucranianos anexados pela Rússia, incluindo a Crimeia, tenham sido discutidas durante a conversa entre os líderes.
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O porta-voz também comentou sobre a postura da administração atual dos EUA, que, ao contrário da anterior, demonstraria disposição para buscar o fim da guerra e promover a paz. Peskov concluiu que, para uma paz duradoura, as causas profundas do conflito, como a expansão da Otan, precisam ser abordadas.
Trump, por sua vez, declarou nas redes sociais que a conversa foi produtiva, com ambos os presidentes concordando em iniciar as negociações imediatas para parar as mortes na guerra. O ex-presidente dos EUA reforçou seu compromisso com uma solução pacífica para o conflito, algo que, segundo ele, foi possível devido à natureza construtiva da ligação com Putin.