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O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, não hesitou em expressar sua insatisfação com o apoio do partido à candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) durante as eleições 2024 para a Prefeitura de São Paulo.
Em uma declaração contundente, Quaquá caracterizou a derrota de Boulos como uma “crônica de uma morte anunciada”, destacando a necessidade urgente de o PT reavaliar suas estratégias eleitorais. Ele enfatizou que a sigla deve parar de “gostar de perder” e refletir sobre suas escolhas.
O que disse o vice-presidente do PT sobre Boulos
Em uma análise crítica postada em seu Instagram, Quaquá sugeriu que o PT tinha opções mais viáveis para a candidatura em São Paulo, mencionando nomes como Márcio França, Tabata Amaral e Ana Estela Haddad, que poderiam atrair um eleitorado mais amplo, incluindo a classe média e eleitores de centro.
Para Quaquá, a escolha de Boulos foi inadequada para o contexto político da cidade, resultando em um teto restrito de apoio entre os eleitores.
Ele argumentou que Boulos enfrentou dificuldades em estabelecer um diálogo eficaz com eleitores fora da esquerda, afirmando: “Parece que voltamos a reaprender a gostar de perder.” Essa reflexão sugere uma preocupação com o futuro político do partido, que precisa encontrar formas de se conectar com uma base mais diversificada.
Na eleição de domingo (27), Boulos recebeu 2.323.901 votos, o que representa 40,65% dos votos válidos, mas foi superado pelo atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que conquistou 3.393.110 votos, ou 59,35%. A diferença acentuada reforça as preocupações de Quaquá sobre a estratégia eleitoral do PT e a necessidade de uma reavaliação profunda para o futuro do partido.